Vou tentar demorar menos pra escrever com esse volume, se tudo der certo venho a cada 300 páginas, ou de 15 em 15 dias :)
Demorei tanto para voltar que agora já terminei o primeiro volume e tenho bastante coisas para contar. Afinal se passaram mais de 900 páginas desde o ultimo diário e de lá pra cá pude me conectar mais com alguns personagens. Não dá para lembrar todos, porque a maioria é bem secundária (são mais de 500 personagens), mais os que têm maior relevância na história são mais desenvolvidos.
Mas acho curioso o fato de que para se mostrar culto e inteligente nessa época era preciso saber ler e falar francês se torna um pouco irônico ir lutar contra as pessoas que são consideradas um “padrão” de sofisticação e educação.
(Inclusive tem uma cena que se passa com a Natasha e alguns camponeses russos que exalta toda a beleza da cultura russa e despreza as afetações francesas).
Pra mim particularmente as partes de exaltação militar, guerras, politicagem e tudo que era mais relacionado à guerra foram bem chatas de ler, mas meu lado noveleiro adorou as intrigas da corte, os amores e todo o lado social da coisa, as festas, os dramas e os retornos dos soldados ao lar.
Eu, tolinha romântica, gosto muito da Natasha, do Pierre e do Nicolai e mesmo com esses preferidos, algumas vezes tenho vontade de dar uns tapas na cara deles, enfim eles são personagens cheios de falhas e muitas vezes chatos, já estou com eles há cinco anos pela história e a mais de 1200 páginas então como dizem por ai a convivência mostra o pior lado das coisas.
Agora quanto a estrutura da narrativa pude observar que no começo, no primeiro e segundo tomos, as partes da história revessam, ora Guerra, mostrando os homens que estão lutando contra Napoleão, ora a Paz, mostrando como a vida da sociedade segue normalmente, a guerra quase não afeta quem não a vivencia.
Tolstói conduz com maestria essas mudanças, nada parece solto e nem a história perde o ritmo, pelo contrario, quando você acha que tudo que ele podia desenvolver foi desenvolvido ele aparece com uma reviravolta e te mostra que você não sabe de nada (inocente ou Jon Snow).
Estou ansiosa pra continuar a leitura, mas quero terminar outras leituras em andamento antes de me dedicar inteiramente à esse livro, é como eu comentei com a Bel, esse livro é ciumento, ele gosta de atenção e exige que você olhe só pra ele durante um tempo.
Até a próxima!
;)
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Descobri que tem um filme de 1956 com a Audrey, direção de King Vidor (Fonte da imagem) |
Demorei tanto para voltar que agora já terminei o primeiro volume e tenho bastante coisas para contar. Afinal se passaram mais de 900 páginas desde o ultimo diário e de lá pra cá pude me conectar mais com alguns personagens. Não dá para lembrar todos, porque a maioria é bem secundária (são mais de 500 personagens), mais os que têm maior relevância na história são mais desenvolvidos.
A história continua se passando entre São Petesburgo e Moscou, mas agora também se passa nas cidades em que o exército Russo está em campanha contra o exército de Napoleão.
O que eu notei foi que a empolgação que se tinha no começo do romance com relação ao exército e a guerra foram morrendo aos poucos, todo aquele patriotismo e vontade de lutar, defender o Imperador Alexandre e defender o poder e patriotismo russo vão por água a baixo.
O que eu notei foi que a empolgação que se tinha no começo do romance com relação ao exército e a guerra foram morrendo aos poucos, todo aquele patriotismo e vontade de lutar, defender o Imperador Alexandre e defender o poder e patriotismo russo vão por água a baixo.
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Dá pra ter mais ou menos uma ideia do contexto da guerra agora? (Fonte da imagem) |
Mas acho curioso o fato de que para se mostrar culto e inteligente nessa época era preciso saber ler e falar francês se torna um pouco irônico ir lutar contra as pessoas que são consideradas um “padrão” de sofisticação e educação.
Pra mim particularmente as partes de exaltação militar, guerras, politicagem e tudo que era mais relacionado à guerra foram bem chatas de ler, mas meu lado noveleiro adorou as intrigas da corte, os amores e todo o lado social da coisa, as festas, os dramas e os retornos dos soldados ao lar.
Eu, tolinha romântica, gosto muito da Natasha, do Pierre e do Nicolai e mesmo com esses preferidos, algumas vezes tenho vontade de dar uns tapas na cara deles, enfim eles são personagens cheios de falhas e muitas vezes chatos, já estou com eles há cinco anos pela história e a mais de 1200 páginas então como dizem por ai a convivência mostra o pior lado das coisas.
Agora quanto a estrutura da narrativa pude observar que no começo, no primeiro e segundo tomos, as partes da história revessam, ora Guerra, mostrando os homens que estão lutando contra Napoleão, ora a Paz, mostrando como a vida da sociedade segue normalmente, a guerra quase não afeta quem não a vivencia.
Tolstói conduz com maestria essas mudanças, nada parece solto e nem a história perde o ritmo, pelo contrario, quando você acha que tudo que ele podia desenvolver foi desenvolvido ele aparece com uma reviravolta e te mostra que você não sabe de nada (inocente ou Jon Snow).
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Tolstói, meu russo favorito! <3 (Fonte da imagem) |
Estou ansiosa pra continuar a leitura, mas quero terminar outras leituras em andamento antes de me dedicar inteiramente à esse livro, é como eu comentei com a Bel, esse livro é ciumento, ele gosta de atenção e exige que você olhe só pra ele durante um tempo.
Até a próxima!
;)
Ahhh esses russos! A cada relato seu eu fico com ainda mais vontade de ler G&P... mas depois de Os Miseráveis acho que vou dar um tempinho de looongos romances... É como você disse, eles são ciumentos e exigem total atenção por um tempo.
ResponderExcluirAhhh os clássicos! Não tem melhor nomenclatura para essas histórias atemporais...
Beijo grande! <3