Ano: 2014
Páginas: 520
Editora: Companhia das Letras
Sinopse: Lagos, anos 1990. Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idilio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas as universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra.
Quinze anos mais tarde, Ifemelu e uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego a sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze. Quando ela volta para a Nigéria, terá de encontrar seu lugar num país muito diferente do que deixou e na vida de seu companheiro de adolescência. Principal autora nigeriana de sua geração e uma das mais destacadas da cena literária internacional, Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma historia de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero. Bem-humorado, sagaz e implacável, Americanah é, além de seu romance mais arrebatador, um épico contemporâneo.
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Antigamente eu pensava que falar/escrever sobre um livro que eu gostei muito seria fácil... que engano!
É difícil encontrar palavras pra definir este livro, me dá a impressão que não serei justa e que sempre irá faltar alguma coisa. Loucura não é?! Vocês se sentem assim?
O primeiro contato que eu tive com a escrita da Chimamanda Ngozi Adichie foi ao ler Sejamos Todos Feministas, uma adaptação do discurso que ela fez para o TEDx Euston em meados de 2012. Amei a fluidez com que ela aborda o tema a transparência e a importância do mesmo.
E não foi diferente em Americanah,o ritmo de leitura que o livro proporciona é muito bom, em momento algum ele se torna cansativo...
Vamos descobrindo aos poucos a vida e o cotidiano de Ifemelu, desde de a descoberta do primeiro amor (Obinze), as dificuldades de estudar e viver numa Nigéria regida pelo regime militar, onde as universidades estão frequentemente entrando em greve, onde as mulheres para terem algo melhor muitas vezes eram "obrigadas" a viver na sombra de homens de importância significativa como coronéis. Tia Uju foi um grande exemplo disso, e no fim das contas as coisas não acabaram tão bem assim.
Cansada de tentar estudar em Lagos, conseguiu uma bolsa e um visto para estudar nos Estados Unidos, mas assim que chega na América, logo se depara com o preconceito por ser imigrante, mulher e negra. Passa por maus bocados para poder pagar suas contas, se sujeita a coisas que ela jamais imaginou fazer para conseguir viver e isso a afasta drasticamente de Obinze. Após esse afastamento ela entra numa depressão profunda, até que quando ela acha que não existe mais esperança consegue um emprego como babá.
Um tempo depois ela se torna uma blogueira famosa, e decide voltar à Nigéria e às suas raízes... Começa a retomar contato com Obinze, (que é um personagem marcante e que também passa por muitas dificuldades além de ter seu "sonho americano" destruído de diferentes maneiras. Ele consegue dar a volta por cima justamente na Nigéria depois de ter sido deportado de Londres) e cada vez mais se sente culpada por ter cortado bruscamente o contato com seu grande amor.
Muitas coisas acontecem nesse intervalo de 15 anos, desde a chegada de Ifemelu aos Estados Unidos até seu retorno à Nigéria, mas são fatos que merecem ser degustados pelo leitor... que independentemente de raça, cor ou credo vai se identificar com Ifemelu em muitos detalhes e sem dúvida verá todo esse universo do preconceito que envolve o mundo com outros olhos, de uma maneira mais ampla e crua. Infelizmente o preconceito abrange muito mais do que se imagina, vai além da sua cor, nacionalidade, sexo, crença... enfim, o preconceito está ao nosso redor constantemente e envolve todas as pessoas... querendo ou não.
Leiam esse livro, é muito bom e vai ampliar muito o ponto de vista sobre vários temas... Qualquer coisa que eu diga aqui seria pouco pra demonstrar o quanto gostei dessa história, Vale cada minutinho gasto nessa leitura deliciosa!
Como estou apaixonada pela escrita dessa mulher, já garanti para minha coleção os outros dois livros da autora (Hibisco Roxo, e Meio Sol Amarelo quem sabe em breve eles não apareçam por aqui?!...
Depois me digam o que acharam da leitura, e se você tem medo de ler algo fora do seu habitual: se joga! Não sabe o que está perdendo! =P
Quinze anos mais tarde, Ifemelu e uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego a sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze. Quando ela volta para a Nigéria, terá de encontrar seu lugar num país muito diferente do que deixou e na vida de seu companheiro de adolescência. Principal autora nigeriana de sua geração e uma das mais destacadas da cena literária internacional, Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma historia de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero. Bem-humorado, sagaz e implacável, Americanah é, além de seu romance mais arrebatador, um épico contemporâneo.
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Antigamente eu pensava que falar/escrever sobre um livro que eu gostei muito seria fácil... que engano!
É difícil encontrar palavras pra definir este livro, me dá a impressão que não serei justa e que sempre irá faltar alguma coisa. Loucura não é?! Vocês se sentem assim?
O primeiro contato que eu tive com a escrita da Chimamanda Ngozi Adichie foi ao ler Sejamos Todos Feministas, uma adaptação do discurso que ela fez para o TEDx Euston em meados de 2012. Amei a fluidez com que ela aborda o tema a transparência e a importância do mesmo.
E não foi diferente em Americanah,o ritmo de leitura que o livro proporciona é muito bom, em momento algum ele se torna cansativo...
Vamos descobrindo aos poucos a vida e o cotidiano de Ifemelu, desde de a descoberta do primeiro amor (Obinze), as dificuldades de estudar e viver numa Nigéria regida pelo regime militar, onde as universidades estão frequentemente entrando em greve, onde as mulheres para terem algo melhor muitas vezes eram "obrigadas" a viver na sombra de homens de importância significativa como coronéis. Tia Uju foi um grande exemplo disso, e no fim das contas as coisas não acabaram tão bem assim.
Cansada de tentar estudar em Lagos, conseguiu uma bolsa e um visto para estudar nos Estados Unidos, mas assim que chega na América, logo se depara com o preconceito por ser imigrante, mulher e negra. Passa por maus bocados para poder pagar suas contas, se sujeita a coisas que ela jamais imaginou fazer para conseguir viver e isso a afasta drasticamente de Obinze. Após esse afastamento ela entra numa depressão profunda, até que quando ela acha que não existe mais esperança consegue um emprego como babá.
Um tempo depois ela se torna uma blogueira famosa, e decide voltar à Nigéria e às suas raízes... Começa a retomar contato com Obinze, (que é um personagem marcante e que também passa por muitas dificuldades além de ter seu "sonho americano" destruído de diferentes maneiras. Ele consegue dar a volta por cima justamente na Nigéria depois de ter sido deportado de Londres) e cada vez mais se sente culpada por ter cortado bruscamente o contato com seu grande amor.
Muitas coisas acontecem nesse intervalo de 15 anos, desde a chegada de Ifemelu aos Estados Unidos até seu retorno à Nigéria, mas são fatos que merecem ser degustados pelo leitor... que independentemente de raça, cor ou credo vai se identificar com Ifemelu em muitos detalhes e sem dúvida verá todo esse universo do preconceito que envolve o mundo com outros olhos, de uma maneira mais ampla e crua. Infelizmente o preconceito abrange muito mais do que se imagina, vai além da sua cor, nacionalidade, sexo, crença... enfim, o preconceito está ao nosso redor constantemente e envolve todas as pessoas... querendo ou não.
Leiam esse livro, é muito bom e vai ampliar muito o ponto de vista sobre vários temas... Qualquer coisa que eu diga aqui seria pouco pra demonstrar o quanto gostei dessa história, Vale cada minutinho gasto nessa leitura deliciosa!
Como estou apaixonada pela escrita dessa mulher, já garanti para minha coleção os outros dois livros da autora (Hibisco Roxo, e Meio Sol Amarelo quem sabe em breve eles não apareçam por aqui?!...
Depois me digam o que acharam da leitura, e se você tem medo de ler algo fora do seu habitual: se joga! Não sabe o que está perdendo! =P
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