terça-feira, 13 de janeiro de 2015

{Fabi} 'Tá lido # 68~ Ana Karênina, Liév Tolstói

Páginas: 749 
Editora: Abril

Sinopse: Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira. Esta é uma das aberturas mais famosas de todos os tempos, e ainda hoje impressiona a sabedoria concisa com que Tolstói -introduz o leitor no universo de Anna Kariênina, clássico escrito entre 1873 e 1877. Muito do que o romance vai mostrar está contido nesta frase. A personagem-título, ao abandonar sua sólida posição social por um novo amor, e seguir esta opção até as últimas consequências, potencializa os dilemas amorosos, vividos dentro ou fora do casamento, de toda a ampla galeria de personagens que a circunda.







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Logo que terminei A elegância do ouriço comecei Ana Karênina, porque a Reneé (personagem central do romance) sempre cita Anna Karênina, além disso esse livro tem muito valor na história e é encantador ver o carinho da Reneé pelos personagens (principalmente pela Kity e pelo Kóstia). Acho que sempre vou associar um ao outro, porque a minha experiência de leitura de um está fortemente ligada ao outro e os dois são livros que me marcaram muito como leitora.

Logo no começo do livro, depois do primeiro parágrafo mais famoso do mundo (Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira), você já percebe que a história vai ser meio que um novelão mexicano.

Esse começo já mostra que a história vai se passar em torno dos dramas familiares, logo no inicio do romance a família Oblonski esta passando por problemas, o marido cometeu adultério e a mulher descobriu, mas sofre para tomar uma decisão já que ela não tem renda e tem muitos filhos.

Para ajudar nas questões matrimoniais Ana Karênina, a irmã do Sr. Stepan (Stiva) Arkadyevich Oblonski, vai de São Petesburgo para Moscou tentar convencer sua cunhada a perdoar o marido e manter a família unida. Durante a viagem de trem ela vem na mesma que a Condessa Vronski e acaba conhecendo seu filho (rola maior clima, ele fica enfeitiçado por ela), mas eles mal se falam e ela acredita que não vai mais vê-lo .

Uma das maiores ironias nesse livro é que ela é considerada a pessoa ideal, possui um “casamento perfeito”, tem um marido respeitável e admirável por seu cargo como funcionário do governo. Mas ao longo da história percebemos que nem todas as aparências são verdadeiras e que famílias aparentemente felizes podem ser bem infelizes quando retiram as máscaras ou quando as circunstancias mudam.

Nesse caso o que mudou foi que Vronki e Anna se encontraram novamente em um baile, dançaram e conversaram muito, Vronski que é galante e estava inclusive cortejando a Kity, que está apaixonada por ele consegue deixar Ana balançada e esse relacionamento é o que vai mudar a história de todos que os cercam.

Acho que já deu pra perceber que Ana Karênina é um livro sobre relacionamentos familiares e que também trata da vida em sociedade, mas pra mim principalmente é um livro de amor. Sobre as várias formas de amor, sobre a descoberta do amor e que cada um entende e sente quando se trata de amor.

O amor dos Liêvin (Kity e Kóstia, que são meus personagens favoritos) é puro, o amor dos Oblonski é mais pela família e por manter ela, o do Karenin é frio e o da Ana por ele é conquistado pelo respeito, o da Ana e do Vronski é obsessivo  e assim vai... Não quero falar mais para evitar spoiller.

O romance trata bastante dos sentimentos da Anna e apesar do nome do romance, de ela ser a personagem central a Ana é a personagem mais chata e egoísta da história, acho que das “mocinhas” da literatura ela só perde para a Cath de O morro dos ventos uivantes no quesito chatice. Ela é insegura, carente, mimada e egoísta, a única coisa boa que ela tem é a capacidade de amar, a busca do amor e o fato de estar disposta a quebrar as conveniências sociais para ser feliz, para amar e viver esse amor.

Mesmo com isso o amor dela é o mais fútil e o mais vulgar do romance, o que não diminui o valor do livro, mas o ponto alto do romance pra mim é a descoberta do amor da Kity, a construção da confiança e do relacionamento deles é tão doce, tão pura que me tocou profundamente.


Foi muito difícil pra mim falar desse livro, não sei explicar, acho que ele me tocou e quando a gente sente uma coisa tão bonita com um livro é difícil descrever, além disso ele ficou fortemente ligado à elegância do ouriço que foi um livro que ecoou em mim de uma forma muito bonita e diferente e que foi a leitura que mais mexeu comigo em 2014.


Por hoje é só!

;)


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