quarta-feira, 2 de julho de 2014

'Tá Lido #54 - Mansfield Park, Jane Austen


Páginas:  576
Editora:  Martin Claret
Avaliação pessoal: 5 estrelas e favorito

Sinopse: Fruto da fase mais madura da autora, o romance traz a história de uma jovem órfã que é adotada por seus parentes ricos, apresentando conflitos que envolvem amor e contratos sociais, escravidão e civilidade, riqueza e autopercepção – sempre com o toque irônico de Austen, sua marca registrada. O lançamento de “MANSFIELD PARK” apresenta esta importante obra de Jane Austen em uma edição bilíngue, resgatando toda a magnificência e toda a preocupação social de uma das maiores escritoras inglesas. Ainda que o livro aborde vários temas, a principal questão é a busca da identidade e do verdadeiro amor. Por mais de dois séculos o livro divide os leitores: por um lado, “MANSFIELD PARK” é o trabalho mais autobiográfico de Jane Austen, refletindo o mundo de pretendentes religiosos e proprietários de terra, das caçadoras de maridos, dos esnobes e dos tolos do interior – no qual a escritora viveu e procurou o amor. Entretanto, o texto parece entrar em conflito com as tradicionais heroínas de Austen, uma vez que Fanny Price é surpreendentemente contida e passiva, fato que tem aturdido por décadas os críticos e os fãs da autora. As questões sociais também são discutidas na obra, sugere-se pela crítica especializada que o título se refere ao julgamento de Mansfield, a decisão inglesa legal e histórica tomada pelo chefe da Justiça Lorde Mansfield, segundo a qual foram estabelecidos os primeiros limites quando à escravidão na Inglaterra. No romance, Fanny surpreende sua família adotiva ao levantar a questão sobre o envolvimento deles com a escravidão. As cartas de Jane Austen escritas na época nos informam de uma paixão por Thomas Clarkson, um popular abolicionista, o que justificaria o envolvimento da autora com estas questões sociais. Jane Austen, como os seus personagens, cresceu em uma zona rural na Inglaterra entre a classe abastada e religiosos, cujos hábitos e negócios ela observava com perfeição e, às vezes, com uma honestidade brutal e reveladora. A sua memorável linguagem, a sua sagacidade satírica, o seu delicado senso de humor e as complexas caracterizações de luta moral no coração das famílias, além das alianças românticas, contribuem para o estilo atemporal da autora. O tema prevalecente na obra continua relevante: a necessidade de homens e mulheres encontrarem a sua identidade e fazerem as suas próprias escolhas - ainda que a sociedade, por sua natureza, tente os fazer seres dependentes, sem força e preconceituosos. Este foi o romance mais lucrativo de Austen, garantindo à autora 350 libras, uma fortuna na época. A história já foi adaptada algumas vezes para o cinema e televisão, as mais conhecidas são as versões de 1983 pela BBC e as homônimas norte- americanas de 1999 e 2007.

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Acho que sou bastante suspeita pra falar de Jane Austen, quem já me ouviu falar de algum livro dela deve saber. Como leitora sou bem versátil, leio de tudo, mas é claro que tenho uma queda por aventuras épicas, fantasia, romance/suspense policial e romances vitorianos (principalmente pelos escritos pela Jane).

Esse livro foi daqueles que eu não queria largar, queria andar na rua lendo, de pé no ônibus, na fila curta do mercado e em qualquer possível, era impossível parar de ler.

Acho que ele se tornou meu favorito da autora até agora, mas vamos ver se vai durar isso, porque cada vez que termino um livro dela fico com essa sensação, de ser o melhor livro dela que eu já li...rs
Até o fim do ano pretendo ler todos os livros publicados dela aqui no Brasil, logo logo aparece mais um por aqui.

Fiquei louca de vontade de lê-lo porque ele é mencionado muitas vezes no livro Um quarto todo seu (Virgínia Woof). Quando terminei Um quarto todo seu já comecei emendei  Mansfield Park e foi incrível, estava com as expectativas altas e ele conseguiu ser melhor do que eu esperava.

O que mais me marcou nesse livro foi a candura da Fanny, a decepção e a resignação, mesmo que seja um traço bastante comum nas obras da JA, mocinhas resignadas, inteligentes e independentes, me surpreendi pelo desfecho, pela forma como a história termina.

Juro que neste caso até mais ou menos o fim achei que ela não teria final feliz, ou pelo menos não o final feliz que eu queria, na maioria dos outros livros, pouco antes do fim eu já sabia quem ia casar com quem, qual seria o final e etc, mas nesse foi diferente... foi surpreendente.

Acho que mesmo sendo uma obra bastante longa, não é cansativa e nem cheia de voltas, é uma narrativa rápida e quando parece que vai enrolar, desenrola.

Fica a dica então, pra quem quer uma leitura leve e cheia de romance, crítica social e falsas aparências, no fim nada é como parece, pelo menos nesse livro.

Até a próxima!

;)

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