quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

'Tá Lido #42 - Ficções, Jorge Luís Borges

Ficções


Autor: Jorge Luis Borges
Páginas: 174  
Editora: Companhia das Letras
Sinopse: Ficções, publicado originalmente em 1944, é a obra que trouxe reconhecimento universal para Jorge Luis Borges, graças, entre outros motivos, ao caráter fora do comum de seus temas, abertos para o fantástico, e a inesperada dimensão filosófica do tratamento. O livro, em sua versão atual, reúne os contos publicados em 1941 sob o título de 'O Jardim das Veredas que se Bifurcam' (com exceção de 'A Incorporação a Almotásim', incorporado a outra obra) e outras dez narrativas com o subtítulo de 'Artifícios'.



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Gente achei que já tinha postado essa resenha há tempos, mas nunca tarde para recomeçar né (clichê e brega, mas tá certo rs).

Borges é sempre uma descoberta nova e totalmente bizarra, bizarra sim, mas no bom sentido, no de surpreender e causar certo estranhamento. É como se as histórias de Borges passassem em uma realidade alternativa, distante, mas próxima da nossa em alguns aspectos.

Quando eu li a história universal da infâmia, livro que pelo que pesquisei foge um pouco das características do escritor, fiquei com uma sensação de filme de bang bang ou de filmes do Tarantino, mas com esse a sensação é de que ele esta narrando um fato ou contando uma história como expectador.
Sabe quando a gente senta numa roda de amigos e fica contados casos, pois é, mas esses casos são contados de acordo com a visão dele e sob o ponto de vista um tanto peculiar que lhe é próprio.

Gostei da maior parte dos contos, mas principalmente da seleção, ela é eclética e um pouco imprevisível, afinal os assuntos variam de sobrenatural à coisas banais e cômicas. 
O que mais me fascina é a ideia de que ele esta repassando os fatos, ou dando a sua versão de histórias que todos já ouviram pelo menos um pedaço, ou comentário.

Um exemplo vivo disso é quando ele fala sobre Babel, ou sobre Dom Quixote e em alguns contos, por mais que eu não conheça a história ou lenda de origem, eu sinto que é uma história mais antiga que o Borges. Deve parecer bem confuso o que eu escrevi né?

Mas Borges me causa isso com seus finais inesperados e com a sensação pós-leitura que eu não captei a essência do que ele queria dizer, mas afinal será que ele queria dizer alguma coisa, ou quem diz o que o livro representa é seu leitor, que interpreta baseado nas suas próprias experiencias e expectativas?

Se o próprio autor dá margens para esses questionamentos, quem sou eu pra negar? 

Até a próxima e leiam Borges...rs 

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