Título Original: 2001: A Space Odyssey
Autor: Arthur C. Clarke
Editora: Aleph
Número de páginas: 332
Skoob :: Goodreads
Avaliação: 4 estrelas!
Sinopse: No alvorecer da humanidade, a fome e os predadores já ameaçavam de extinção a incipiente espécie humana. Até que a chegada de um objeto impossível, além da compreensão das mentes limitadas do homem pré-histórico, prenunciasse o caminho da evolução. Milhões de anos depois, a descoberta de um enigmático monolito soterrado na Lua deixa os cientistas perplexos. Para investigar esse mistério, a Terra envia para o espaço uma nave tripulada por uma equipe altamente treinada, assistida por um computador autoconsciente. Do passado distante ao ano de 2001, da África a Júpiter, dos homens-macacos à inteligência artificial HAL 9000, penetre a visão de um futuro que poderia ter sido, uma sofisticada alegoria sobre a história do mundo idealizada pela mente brilhante de Arthur C. Clarke e imortalizada nas telas do cinema por Stanley Kubrick.
Livro lido para o Fórum Literário Entre Pontos e Vírgulas. Primeiramente vamos ao enredo do livro e a resenha de sempre ;)
Com referência ao período no qual o livro foi escrito, que foi na década de 60, simultaneamente à produção do filme, a história principal do livro se passa em um futuro, no final da década de 90 até 2001. Neste período, a coisa mais comum era o homem no espaço, pesquisas de ponta para construção de naves espaciais de longa viagem etc.
Inicialmente, o livro é ambientado em uma época remota do planeta, quando os homens eram mais parecidos com os macacos do que com o que somos hoje em dia. Por um tempo, o que temos é apenas o dia a dia deles, com dificuldades para conseguir alimentos, sede, fugir do leopardo que os atacava e tentando impor sua soberania sobre outro grupo, que fica do outro lado do rio. Certa noite, os homens-macaco ouvem um barulho estranho e vão correndo ver o que é.
Encontram um estranho bloco negro, que parece absorver toda a luz que nele incide. É a primeira aparição do monólito. Este monólito emite sinais que parecem ter influência sobre a mente dos homens-macaco, como se estivesse induzindo e transmitindo certos comportamentos e conhecimentos. E, da mesma maneira que o bloco escuro aparece, ele se vai, deixando uma chance de evolução aos homens.
Em seguida, temos um gigantesco salto no tempo e temos uma chamada inesperada ao Dr. Floyd, já no final década de 90, para ir até a Lua, para verificar uma anomalia encontrada em solo lunar. A equipe de pesquisa que encontrou a anomalia pede total sigilo. Até um boato de epidemia está se disseminando entre os pesquisadores e os civis na Terra.
A viagem dele é tranquila. Com uma nave, chega até uma estação espacial e pega uma nave cargueira para a base lunar Clavius. Chegando lá, ele entra em uma reunião com os pesquisadores que revelam o que é a AMT-1 (Anomalia Magnética de Tycho Um). Ele desce em solo lunar com os pesquisadores e segue para a cratera de Tycho para conferir mais de perto o que estava causando tantas alterações na leitura do campo magnético da Lua.
Ao chegar ao local das escavações, ele se depara com um bloco totalmente negro, sólido e que é de matéria totalmente desconhecida. Mais uma vez, o ser humano se encontra com o monólito e, assim como o que encontrou os homens nos primórdios da Terra, este também parecia absorver toda a luz. E, em dado momento, o bloco parece emitir um ruído que interfere em todo o sistema de rádio da equipe. Era uma evidência de vida inteligente que os cientistas haviam encontrado fora do planeta Terra. Estudos mostraram que aquele monólito estava enterrado ali há 3 milhões de anos.
Temos mais um pequeno salto no tempo, cerca de um ano e meio após esse evento na Lua. E é neste trecho do livro que o autor mais desenvolve o enredo.
Uma expedição pelo espaço, a bordo da gigantesca nave Discovery, na qual cinco cientistas estão indo até Júpiter e Saturno para coletar dados desses dois gigantes. A tripulação é composta por 5 pesquisadores, sendo que 3 estão em hibernação e só acordarão quando chegarem a Saturno. E ainda conta com um supercomputador, HAL 9000, que é conhecido por nunca cometer erros e ainda possui um ego. É capaz de conversar com as pessoas.
A viagem está correndo bem até que HAL reporta um problema em um componente da antena de comunicação da Discovery. Os cientistas, Dave Bowman e Frank Poole, decidem trocar a peça, entretanto, esta estava perfeita. A confiança deles em HAL começa a ficar abalada. E HAL percebe isso e começa a tentar a tomar controle da missão, evitando a todo custo que os cientistas tentem desligá-lo, mesmo que para tal seja necessário matá-los.
E a partir daqui, a expedição será uma batalha entre o ser humano e o computador, pela sobrevivência e para dar sequência à pesquisa. Muitas coisas acontecem, os cientistas chegam a situações extremas para lutar pela vida.
O que eu achei do livro? É um livro muito bom mesmo, daqueles que nos prendem do início ao fim, mesmo a narrativa sendo bem lenta e cheia de termos científicos, afinal Clarke era matemático e físico, o que deixou tudo muito convincente por sinal. O livro possui poucos diálogos para o tamanho da obra. A maior parte do desenvolvimento do enredo é uma narrativa do que vai acontecendo com os cientistas e os detalhes de cada parte da missão.
Até certo ponto, eu achei o livro sensacional, mas o autor pecou um pouco no final dele, o que fez com que eu tirasse uma estrela da minha avaliação final. Mas ainda assim, é uma leitura super recomendada e que ninguém pode passar sem ler!
Foi um livro que eu devorei em apenas quatro dias e me deixou com vontade de ler muito mais livros do gênero. Comecei 2014 com ótimas leituras e espero que continue assim.
E aí que, fazendo algumas pesquisas, descobri que há mais 3 livros continuando a história da odisseia! São eles: 2010: Uma Odisseia no Espaço II, 2061: Uma Odisseia no Espaço III e 3001: A Odisseia Final, todos, claro, por Clarke.
E aí que, fazendo algumas pesquisas, descobri que há mais 3 livros continuando a história da odisseia! São eles: 2010: Uma Odisseia no Espaço II, 2061: Uma Odisseia no Espaço III e 3001: A Odisseia Final, todos, claro, por Clarke.
Eu também assisti ao filme, mas não tive a mesma sensação que tive ao ler o livro. Há diferenças no enredo, claro, porém o filme é lento demais, com algumas cenas realmente desnecessárias, que poderiam deixar o filme muito mais dinâmico e mais curto, caso fossem cortadas. O filme ficou lento e longo, muito cansativo mesmo. Toda essa lentidão das cenas foi proposital, pois certas coisas no espaço devem ser feitas bem devagar, mas é algo que não agrada a todos, como eu por exemplo.
É um filme subjetivo demais e que, se não tiver lido o livro antes (como eu fiz, dããã), muita coisa vai passar sem ser compreendida. Portanto, leiam o livro antes, ele vai preencher muitas lacunas do filme e vai ajudar a compreender algumas cenas do filme.
É um filme subjetivo demais e que, se não tiver lido o livro antes (como eu fiz, dããã), muita coisa vai passar sem ser compreendida. Portanto, leiam o livro antes, ele vai preencher muitas lacunas do filme e vai ajudar a compreender algumas cenas do filme.
O que eu gostei mesmo do filme foi da trilha sonora dele, com músicas clássicas que eu não ouvia há muito tempo mesmo! E outra coisa que eu achei muito legal foi assistir a um filme já antigo, de certa maneira, e perceber que ótimos já eram os efeitos naquela época. Apesar da história não ter ficado muito clara para mim de início, eu achei a produção dele muito boa.
As músicas da trilha sonora estão logo abaixo e recomendo muitíssimo que vocês escutem! É ótima! Coloquei um link para o YouTube nas músicas. Esta lista abaixo é a relação de músicas que foi lançada na época em que o filme foi lançado. E também dá para ouvir a trilha sonora lançada em 1996 pelo UOL - AQUI.
As músicas da trilha sonora estão logo abaixo e recomendo muitíssimo que vocês escutem! É ótima! Coloquei um link para o YouTube nas músicas. Esta lista abaixo é a relação de músicas que foi lançada na época em que o filme foi lançado. E também dá para ouvir a trilha sonora lançada em 1996 pelo UOL - AQUI.
5. Lux Aeterna
8. Choirs & Orchestra / Atmospheres / Adventures - (altered for film)
12. Lux Aeterna
14. Hal 9000
~ ATENÇÃO ~
A PARTIR DESTE PONTO, HÁ ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA E O FILME, BEM COMO COMPARAÇÕES COM SPOILERS. CASO JÁ TENHA LIDO O LIVRO E ASSISTIDO AO FILME, PROSSIGA CLICANDO EM “CONTINUE LENDO”. MAS, SE AINDA NÃO LEU O LIVRO E NÃO VIU O FILME, FICA POR SUA CONTA LER SPOILERS SOBRE A HISTÓRIA, É SÓ NÃO CLICAR EM “CONTINUE LENDO”.
Como eu já disse acima, eu gostei bastante do livro, achei que desenvolveu muito bem a história, muito melhor que no filme. Uma das coisas que eu mais gostei do livro foi que a expedição não chegava apenas até Júpiter, como no filme, mas sim, usando da gravidade de Júpiter como estilingue para impulsionar a nave para seguir caminho até Saturno.
Na maior parte do tempo, eu senti o computador mais perverso no livro. Quando ele abre as comportas da nave para que o interior dela fique com vácuo e como ele ataca Frank quando ele está fora da nave, me chocou mais que as atitudes dele no filme, entretanto, aquele “olho” vermelho dele em todos os cantos da nave, lendo os lábios e vigiando os cientistas, confesso que me deu certo calafrio.
Entretanto, aquela parte que o Dave vai para a central de comando para desligá-lo, fiquei com um pouco de dó dele no livro, parecia que ele realmente estava sofrendo e agonizando ali durante o desligamento.
Entretanto, aquela parte que o Dave vai para a central de comando para desligá-lo, fiquei com um pouco de dó dele no livro, parecia que ele realmente estava sofrendo e agonizando ali durante o desligamento.
Mas, claro, como sempre, o livro é bem melhor que o filme. No livro, a falta de diálogos era preenchida por uma narrativa bem detalhada sobre o que acontecia e, no filme, durante as faltas de diálogos, era muito lento, achei isso muito cansativo, com cenas maçantes, cientistas andando para lá e para cá, esquentando a comida e comendo etc. E a música clássica enchendo os alto falantes da TV durante essas cenas. Das músicas usadas no filme, eu gostei bastante. Fiquei com muita vontade de ouvir umas músicas clássicas.
Quando Frank sai da nave para trocar uma peça na antena de comunicação, no filme, Dave ainda tenta salvá-lo, mesmo sabendo que pode estar morto já. No livro, parece que ele não se importa muito com isso. Fica apenas olhando seu companheiro de expedição flutuando e sendo engolido pela escuridão do espaço. No livro, fica mais claro que são apenas colegas de trabalho e não possuem uma certa aproximação. No filme, pareciam mais próximos.
Alguns trechos do filme, eu (que não entendo nada de cinema, ok) achei algumas partes bem desnecessárias. Por exemplo, um trecho no qual a tela ficou toda preta por uns 2 ou 3 minutos, tocando uma música clássica e nada acontecendo. Sei lá, mas isso, em minha opinião, não serviu muito.
Mais uma coisa que achei muito subjetivo (para o diretor) foi o final do filme. Eu confesso que não entendi muito bem o que Kubrick quis representar ali, com aquela sequência de imagens psicodélicas, muitas cores, o olho de Dave aparecendo algumas vezes aparentando surpresa e espanto, algumas vezes o monólito aparecia flutuando no espaço etc. Essa sequência de imagens coloridas deve ter durado uns bons 10 minutos e acabou com a minha paciência com o filme. Quando já tinha passado um bom tempo, eu cheguei a olhar quanto faltava para o filme acabar, pois se tivesse ainda, sei lá, uns 40 minutos, eu teria parado o filme por ali mesmo. Mas como já estava bem próximo ao final, resolvi continuar.
No livro, ao contrário do filme, foi uma das partes mais que eu mais gostei da leitura. Com a leitura sim eu pude entender o que aconteceu com Dave (Sim, eu vi o filme antes de terminar o livro). No filme, ele encontra o monólito próximo a Júpiter e no livro, sobre uma superfície branca em uma das luas de Saturno, fincado no chão.
Quando chega a Japeto, um dos satélites de Saturno, ele decide descer e chegar próximo ao monólito com a cápsula e descobre que ele é um portal estelar, creio que tenha acontecido a mesma coisa quando ele o encontra em Júpiter, no filme. Pois no livro, ele entra neste portal e passa a viajar entre várias dimensões do espaço, conhecendo outros planetas, estrelas e até vendo naves. No filme, ele pode até ter viajado entre as dimensões da mesma maneira que no livro, mas, pelo menos para mim, isso não ficou nada claro.
Mas, tanto no livro, quanto no filme, o final, quando Dave chega àquela suíte (muito linda por sinal) e de repente ele vai sumindo, voltando a ser uma criança, eu acho que foi fantasioso demais para um filme de ficção científica. Sei que Kubrick tem uma mente bem peculiar para a produção de seus filmes, mas eu sou uma das pessoas que não se agradaram muito com o filme. O livro ainda é um pouco mais claro quanto a isso, pois dá a entender que ele ainda viaja entre as dimensões, dobrando espaço x tempo e voltando no tempo, como se fosse para acontecer tudo novamente, como um loop. Foi o que eu entendi.
Enfim, além de tudo isso, o livro aborda questões polêmicas como o domínio das máquinas sobre os homens, como realmente surgiu a vida e sua evolução aqui na Terra e a omissão de informações do governo para com os civis. Onde vai chegar a evolução dessas máquinas? Será que a vida na Terra realmente foi evoluindo das bactérias naquelas águas quentes ou a espécie humana foi instalada aqui por alguma outra civilização do espaço? O que mais o governo sabe sobre os mistérios do espaço e o que está escondido, vivendo por aí? E o Criacionismo?
Desculpem o tamanho do post desta vez e meus comentários, mas ainda estou aprendendo a analisar os livros fora do óbvio. Com o tempo, vai melhorar, prometo! ;)
Espero que tenham gostado da resenha e da minha opinião sobre o livro e filme.
Oi, Bel! Obrigada pela participação no fórum! Vou levar algumas das dúvidas que você colocou aqui no texto para a discussão no fórum, ok? Beijos!
ResponderExcluirBel, adorei o post e seu comentário lá no fórum.
ResponderExcluirBeijo!