[Fabí] Minha vida de leitora...

Bom vocês já devem ter reparado que eu gosto mesmo é de clássicos, mas nem sempre foi assim. Preciso reconhecer que meu "paladar literário" mudou e ouso dizer que pra melhor nesse último ano.

Como leitora, descobri meu interesse ferrenho por aventura, fantasia e romance, principalmente os dois últimos e perdi um pouco a paciência com os YA, infanto-juvenis, e chic lits da vida, nada contra, quando saio de uma ou mais leituras densas, busco minha "desestressada" nesses livros e assim não deixo de ler por estar com outro livro na cabeça ou por estar cansada e encontro prazer momentâneo na leitura. 

E o mês  passado foi um mês típico disso acontecer, já que eu li muito, li muita coisa boa e li umas coisas que eu não vou recomendar e nem perder meu tempo (e o seu) fazendo resenha, mas serviram pro que eu queria deles, um encontro casual sem ligação no dia seguinte.

Li romance de banca por mera curiosidade e vou voltar a ler, porque me diverti e relaxei lendo, fora que o que eu li tinha muita tensão sexual e foi legal ter contato com isso, era um romance bem tosquinho passado na Idade Média, mas com pinta de romance previsível e doce, daqueles que você sabe que vai ter final feliz, mas que não vai acrescentar em nada na sua vida. E relacionando aqui com tensão sexual, esse livro é aquele homem que voo, ucê paquera sabendo que não vai ter relacionamento futuro, vai ser apenas um flerte ou um "lance".

Outra coisa que me relaxa, mas não me faz pensar muito e o final acaba se tornando previsível é livro policial, de detetive e suspense, daqueles que no meio do livro você já imagina o final e na maioria das vezes até acerta. Mas quem não gosta de estar um passo a frente, saber pelo menos de alguma coisa nessa vida?

Pois é, eu sempre me surpreendo com o final dos clássicos, porque eles me fazem pensar muito depois, parece que quando o livro acaba ele está apenas começando, as reflexões e as coisas escritas nas entrelinhas demoram um tempo pra sofrer completa digestão e isso sim acrescenta algo na sua vida.

Além disso, uma coisa que sempre me surpreende é que nos clássicos que eu mais gosto os autores enxergam a alma das pessoas, eles veem a alma e esses personagens são tão reais que conseguimos encontrar muita coisa nossa neles ou deles em nós, como se eles livros fosse escritos sobre pessoas que vivem hoje, mas também que viveram ontem e que vão viver amanhã. Isso é esquisito?

Pior ainda, ou melhor esses livros nos deixam com vontade de rele-los, é como se fossemos enfeitiçados para voltar futuramente e ler novos fatos naquelas mesmas palavras, acho que esse povo que escreve essas coisa tem algum pacto, ou se transmutam em mosquinhas que nos espionam quando ninguém mais está por perto, ou pior ainda quem sabe eles não eram algum X-man perdido no tempo com os poderes de Professor Xavier?

Só sei que depois que eu me apaixonei por um clássico, nunca mais consegui olhar para um jovem adulto, um chic lit ou qualquer leitura miojo, como diz a linda e inspiradora Juliana Gervason, que me inspirou pra escrever esse texto e me mostrou muita coisa boa pra ler.

Assim como a querida e apaixonada por livros Denise Mercedes, a inspiradora e pioneira dos vlogs Tatiana Feltrin que me fez sentir menos sozinha na paixão por livros,e a Vevs que mostra que bom gosto literário não depende da idade e que os clássicos também merecem ser amados e adora os vitorianos.

Enfim tem tanta gente que gosta de bons livros por ai e existem tantos livros maravilhosos que precisam ser lidos que por mais que você leia "fast food", um dia você come um "prato gourmet" e nunca mais vai achar que o "fast food" é tão bom.

Pronto terminei de falar sobre livros, é isso é apenas um monte de devaneios pelo ar...