ISBN: 9788535911770
Ano: 2008
Páginas: 352
Páginas: 352
Editora: Companhia das Letras
Avaliação pessoal: 5 estrelas e favorito
Sinopse: À primeira vista, não se nota grande movimento no número 7 da Rue de Grenelle: o endereço é chique, e os moradores são gente rica e tradicional. Para ingressar no prédio e poder conhecer seus personagens, com suas manias e segredos, será preciso infiltrar um agente ou uma agente ou — por que não? — duas agentes. É justamente o que faz Muriel Barbery em A "Elegância do Ouriço", seu segundo romance. Para começar, dando voz a Renée, que parece ser a zeladora por excelência: baixota, ranzinza e sempre pronta a bater a porta na cara de alguém. Na verdade, uma observadora refinada, ora terna, ora ácida, e um personagem complexo, que apaga as pegadas para que ninguém adivinhe o que guarda na toca: um amor extremado às letras e às artes, sem as nódoas de classe e de esnobismo que mancham o perfil dos seus muitos patrões.
O mais curioso é que elas se cruzam, mas não percebem o que tem por trás das máscaras sociais, já que as duas fingem ser uma coisa que não são, eu esperava que ao se olharem elas se descobrissem, sei lá percebessem que ambas gostam muito de cultura japonesa, música boa, são observadoras, percebem a essência das outras pessoas, gostam de arte e essa busca pelo belo.
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Eu já tinha tentado ler esse livro antes, acho que em 2013, mas não deu muito certo provavelmente não era o momento, tem aquela coisa de o livro te escolher.
Eu simplesmente amei esse livro, ele ecoou em mim, me tocou de uma forma tão intensa que ainda me pego pensando nele, mesmo depois de ter lido alguns outros.
Não é porque eu me pareça com algum personagem, mas é pela escrita, pelo clima, pela beleza e pela mensagem do livro mesmo.
Não é porque eu me pareça com algum personagem, mas é pela escrita, pelo clima, pela beleza e pela mensagem do livro mesmo.
O livro conta a história de Renée, uma zeladora solitária e que só mostra aos estranhos o que ela quer, ou melhor o que eles esperam ver. Digo isso porque ela é uma mulher culta, inteligente e sempre se faz de obtusa e de desentendida.
Ela é o tipo de pessoa curiosa, que vai adquirindo cultura, bom gosto por buscar isso, por indicação de outros livros e filmes, ela tem um bom gosto natural.
Posso dizer que ela me indicou Anna Karenina (outro dos meus livros preferidos da vida) e Satie, é que o gato dela se chama Léon (homenagem ao Tolstói), ela sempre rele Anna Karenina e fala dele sempre e com tanto carinho, que fiquei tão curiosa que logo que terminei A elegância fui lê-lo.
E Satie <3, bom decida-se por si só:
Posso dizer que ela me indicou Anna Karenina (outro dos meus livros preferidos da vida) e Satie, é que o gato dela se chama Léon (homenagem ao Tolstói), ela sempre rele Anna Karenina e fala dele sempre e com tanto carinho, que fiquei tão curiosa que logo que terminei A elegância fui lê-lo.
E Satie <3, bom decida-se por si só:
Como o livro todo é repleto de referencias à arte, música e literatura, sobre referencias ao belo e a busca do belo, esse clima me envolveu, percebi que os livros que trazem muita musicalidades, tendem a me marcar mais, acho que a música é tão universal que conseguimos compreender melhor o personagem quando ouvimos o que ele sente, não consigo colocar em palavras, mas acho que é por ai.
Essa busca se dá não só pela Renée, mas também pela adolescente chamada Paloma, que é super inteligente que se finge "normal", mas que não se sente parte do mundo, meio que aquilo de gênio incompreendido, que acha o mundo um lugar estranho e busca uma razão para viver.
O mais curioso é que elas se cruzam, mas não percebem o que tem por trás das máscaras sociais, já que as duas fingem ser uma coisa que não são, eu esperava que ao se olharem elas se descobrissem, sei lá percebessem que ambas gostam muito de cultura japonesa, música boa, são observadoras, percebem a essência das outras pessoas, gostam de arte e essa busca pelo belo.
Mesmo com toda essa consciência das máscaras sociais, talvez não tão sem querer assim, ambas vivem de alguma forma uma hipocrisia, pois fingem ser o que não são, mas isso é uma forma de proteção e até mesmo de preservação e não para se gabarem (o que normalmente as outras pessoas fazem), elas pelo contrário, elas se diminuem para atender a expectativa dos outros.
No decorrer da história as duas vão se descobrindo, mas para isso acontecer é preciso que uma terceira pessoa apareça e faça a diferença na vida das duas, uma daquelas pessoas que sem perceber muda a história das outras.
É delicioso presenciar esse encontro, essa aproximação que já parecia tão evidente e que ao mesmo tempo é conduzida com sutileza e muita delicadeza, mas daqui pra frente não posso falar mais nada, porque a descoberta é a parte mais gostosa.
É delicioso presenciar esse encontro, essa aproximação que já parecia tão evidente e que ao mesmo tempo é conduzida com sutileza e muita delicadeza, mas daqui pra frente não posso falar mais nada, porque a descoberta é a parte mais gostosa.
Até a próxima! ;)
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