quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Tá lido #13 - Admirável mundo novo, Aldous Huxley


Admirável Mundo Novo
Autor: Aldous Huxley 
Páginas: 310
Editora: Abril
Sinopse: Ano 634 d.F. (depois de Ford). O Estado científico totalitário zela por todos. Nascidos de proveta, os seres humanos (pré-condicionados) têm comportamentos (pré-estabelecidos) e ocupam lugares (pré-determinados) na sociedade: os alfa no topo da pirâmide, os ípsilons na base. A droga soma é universalmente distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime. Os conceitos de "pai" e "mãe" são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais. A promiscuidade é moralmente obrigatória e a higiene, um valor supremo. Não existe paixão nem religião. Mas Bernard Marx tem uma infelicidade doentia: acalentando um desejo não natural por solidão, não vendo mais graça nos prazeres infinitos da promiscuidade compulsória, Bernard quer se libertar. Uma visita a um dos poucos remanescentes da Reserva Selvagem, onde a vida antiga, imperfeita, subsiste, pode ser um caminho para curá-lo. Extraordinariaamente profético, "Admirável mundo novo" é um dos livros mais influentes do século 20. 

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Esse livro é um livro feito pra incomodar desde o começo, ele mostra o quanto somos preconceituosos apresentando uma sociedade com valores não totalmente diferentes do nosso, em um mundo onde o Cristo é Ford, as pessoas fazem tudo coletivamente, as mulheres não geram seus filhos, mas sim máquinas que determinam as funções e as castas de todo mundo, acrescentando ou não produtos químicos específicos pra desenvolver ou ou partes do organismo e onde a modernidade, a higiene, a coletividade e a poligamia são as máximas.

Cada casta da sociedade é responsável por determinada função e não se mistura muito com as outras e as classes tem um preconceito com a outra e acha que a sua é a melhor, porque desde criança são condicionadas a acreditar nisso, seja por ouvir várias repetições dormindo ou pela convivência e educação que recebem nas escolas. O pior disso é que eles perdem a capacidade de criar uma personalidade e de ter suas próprias ideias, da pra perceber no decorrer das histórias que algumas frases são muito repetidas e por diferentes personagens.

Por exemplo, as mulheres carregam uma bolsinha com métodos contraceptivos e soma, que é uma droga que causa as mesmas sensações da cocaína e do álcool, mas sem causar ressaca ou efeitos adversos e cada dose causa uma sensação diferente, por exemplo duas somas fazem você esquecer as ultimas horas e ficar meio alienado e o mais engraçado é que as pessoas oferecem a soma como oferecem um chiclete e dizem sempre as mesmas frases prontas sobre isso.

Nesse mundo utópico livros e atividades individuais são proibidos, o sexo tem que ser só casual e não existem relacionamentos amorosos, tudo é apenas por diversão. Um homem que é da casta mais alta, chamado Bernard se sente deslocado e vazio nesse mundo, por ter uma aparência diferente dos homens de sua casta ele é desprezado pelas mulheres e se torna amargo, solitário e questionador de todo o sistema, ele que se sentir parte de alguma coisa e importante para alguém.

Buscando se encontrar ele decide visitar uma colônia de selvagens, ou seja, pessoas que vivem a margem dessa sociedade moderna, vivem como se vivessem antes da era de Ford, ou seja as mulheres geram seus filhos, a higiene é mais precária, eles tem religião e são considerados índios. 

Chegando lá ele encontra um selvagem que lê Shekespare, que não faz parte da sociedade a sua volta e nem da do Bernard e sua mãe. Isso pode mudar completamente a vida de Bernard e até mesmo proporcionar algumas explicações, quando ele decide levar o selvagem e sua mãe para a sua sociedade e também pode causar muitas complicações.

Esse livro levanta muitas questões morais e te faz pensar em como você se comporta, em como a sociedade influencia na sua vida, o quanto suas ideias são próprias, o quanto somos preconceituosos com as pessoas diferentes de nós e várias outras coisas, esse livro começa e termina de forma incomoda, o fim é chocante, mas cada linha e cada palavra desse livro valem a pena, esse livro tem que ser lido por quem gosta de ficção científica, de reflexões e de livros que façam pensar!

Esse foi o primeiro livro resenhado da Maratona Literária.
Por hoje é só!

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