sexta-feira, 12 de julho de 2013

Tá lido #7 - O Mundo de Sofia - Jostein Gaarder

Taí um livro infanto juvenil que não é bobinho, ou cheio de romance, ou com as coisas comuns de sempre. Esse é um livro que faz pensar, questionar e aprender muitas coisas, pelo menos comigo foi assim, não imaginava que esse livro fosse tão denso assim.

Fiquei me perguntando será que uma criança, ou um pré-adolescente, um adolescente teriam interesse em Filosofia?
Ai minha irmã de 16 anos veio me fazer perguntas que tinham tudo a ver com esse livro e que eu só conseguir entender melhor depois de ler esse livro, talvez eu que menosprezasse essas coisas na idade dela, ou subestimasse as crianças/pré-adolescentes/adolescentes.



Achei fascinante o modo que o autor escreveu, a narrativa, as informações e os personagens. É uma leitura lenta, porque é rica em conhecimentos e fatos históricos e eu que nunca tive filosofia aprendi muita coisa, alias, tudo que eu sei de filosofia veio desse livro.

Pena que o livro que eu li não é meu e sim da biblioteca da faculdade, fiz tantas marcações, mas tive que copiar tudo a mão no meu caderno de leituras, quero um livro desses na minha biblioteca e quero dar um livro desses pras minhas irmãs mais novas.


Acho que ler esse livro com 15 anos deve mudar a visão de mundo e por Sofia ter essa idade a identificação deve ser maior e talvez responda algumas das questões e ajude a formar um caráter crítico e questionador do mundo que vivemos.
Esse livro conta a história de Sofia, uma menina prestes a fazer 15 anos que começa a receber cartas e cartões postais pelo correio, eles não são assinados, portanto ela nem imagina quem possa estar mandando.
Essas cartas são questões filosóficas e manuscritos explicando as principais correntes filosóficas e contando um pouco da vida dos principais filósofos da história, uns mais materialistas, outros mais espiritualizados, mas todos com um interesse profundo pela humanidade e o funcionamento das coisas, afinal isso é ser filósofo, é ser questionador e procurar perguntas, mas as perguntas certas, pois através delas desvendamos um pouco nossas próprias dúvidas.

"(...) Os questionamentos são mais perigosos. Responder não é perigoso. Uma única pergunta pode ser mais explosiva do que mil palavras.(...)"

"(...) Para ser mais preciso: a humanidade está diante de questões importantes, para quais não é fácil encontrar respostas adequadas. E então abrem-se duas possibilidades: podemos enganar a nós mesmos e ao resto do mundo com se soubéssemos de tudo, ou então fecharmos os olhos para as questões importantes e desistir para sempre de ir em frente. (...) É como separar as cartas de um baralho, Sofia. Fazemos um montinho com as cartas pretas e outros com as vermelhas. De vez em quando, porém, aparece um coringa: uma carta que não é nem de copas, nem de paus, nem de ouros e nem de espadas.(...)"

Além de nos mostrar todas essas "coisas filosóficas", esse livro narra a história da humanidade, pois as correntes filosóficas vão surgindo de acordo com a cultura, o momento em que sociedade se encontra e as necessidades de se desvendar e se entender.

Pra mim é difícil falar desse livro, porque ele mostrou muita coisa e trouxe muitas questões, duvidas e vontade de conhecer a filosofia de Sócrates, Platão, Marx e Satre.

Espero que eu tenha conseguido dividir com vocês um pouco das minhas experiências nessa leitura e que principalmente tenha deixado todo mundo doido pra ler esse livro ou até mesmo reler.

 

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